Wednesday, April 02, 2008

Crónica de um reconhecimento furado

No passado Domingo, 30 de Março, reconheci , na companhia do Tiago, o percurso da caminhada a realizar no próximo dia 6 de Abril (Domingo) com a AAEUM e o UPB. Na AAEUM, Sempre que possível, gosto de manter este procedimento . Serve para verificar as condições do percurso e estudar algumas alternativas ao programado. O UPB é um espaço mais livre. O espirito é de maior aventura, de partilha de responsabilidades, caminheiros e montanhistas mais experientes. Para esta caminhada, dada a companhia de um profundo conhecedor do percurso, o Ricardo Silva, nem era muito importante fazer o seu reconhecimento, mas também queria aproveitar para o realizar em BTT.

No sentido inverso ao da caminhada, saímos de Campo do Gerês tão cedo quanto a mudança da hora nos permitiu e lançamo-nos à Geira. O tempo estava incerto e chuviscos rapidamente se transformaram em chuva, dificultando o reconhecimento. Razão pela qual não tivemos muito tempo para apreciar e fotografar as paisagens percorridas pela Geira. Eu sou um ciclista recente e os primeiros km são sempre mais complicados. Vou ganhando confiança, em mim e na máquina, aos poucos. De certa forma, parte do interesse da exploração era também testar os meus limites.

As estradas romanas possuíam uma inclinação pequena, pelo que se percorrem sem dificuldade. Só que, para as bicicletas, algumas zonas da antiga calçada são de dificuldade técnica exigente e algo duras para os pneus. Após 4 furos, uma bomba perdida e outra com problemas, tivemos mesmo que improvisar um carro vassoura que nos socorreu, perto da milha XVII, na capela de S. Sebastião da Geira. Local onde interrompemos o reconhecimento. Foi uma enorme aprendizagem. Já não me recordava de reparar um furo. Já não me recordava de desmontar um pneu. Mas parece que não é só o andar de bicicleta que não esquece.

Não chegamos até Sta Cruz (milha XII), mas fizémos o reconhecimento de grande parte do percurso. As milhas que faltaram serão as mais alteradas e seriam até as mais fáceis de percorrer. Ficou claro que a Geira é um percurso de grande beleza e com uma dificuldade acessível a todos os públicos. Uma caminhada que permite o contacto com a nossa história e com paisagens diversificadas. Voltarei à Geira em BTT. Apesar das dificuldades técnicas de algumas zonas, é fantástica. Um cenário fabuloso para andar de bicicleta.