Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
Miguel Torga - 1962
São apenas notas soltas sem qualquer compromisso de actualização. Como ao caminhar à beira mar onde os nossos passos não são mais importantes mas ficam registados entre duas ondas.
Thursday, December 15, 2005
Viagem
Etiquetas:
Miguel Torga
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