Terminei a leitura de “Terras de Bouro — cem anos de adversidades” de José Araújo editado pela CM Terras de Bouro. É um livro interessante, cheio de apontamentos sobre a história do concelho de Terras de Bouro. Como quase todos os livros escritos na primeira pessoa não é neutro. Pode-se até dizer que está repleto de opiniões e julgamentos pessoais do autor. No entanto, é uma leitura interessante para compreendermos as origens remotas de alguma das antipatias das populações para com o PNPG. A verdade é que o Parque Nacional acaba por corporizar a revolta de quem nos últimos 125 anos se viu privado das termas, dos prados, das veigas submergidas e até do Concelho. Razão pela qual não percebo porque razão os que deveriam atenuar estas tensões não assumem essa responsabilidade.
Tenho pelo autor uma simpatia pessoal que não escondo. Contactei com ele algumas vezes, quase sempre na companhia do meu pai, que foi seu condiscípulo no seminário, e guardo dele a ideia de carácter forte e carismático que a notícia sobre a apresentação do livro e homenagem revela. Ideia que saiu mais reforçada pela leitura do prefácio de Viriato Capela.
A notícia, já citada, dizia que o “ideário político e humano de José Araújo confunde-se com essa luta de séculos dos Búrios”. Talvez seja assim. Razão pela qual a sua visão da história e das coisas de Terras de Bouro é fundamentalmente orgânica. Uma história aprendida e apreendida com os “Búrios” a que pertence. Uma história em que participou com diferentes níveis de responsabilidade. Eu, que apenas procuro saber mais sobre a paisagem que tanto admiro, gostei do livro. Ainda que a distância me permita ter sobre algumas das coisas opiniões diferentes.
Tenho pelo autor uma simpatia pessoal que não escondo. Contactei com ele algumas vezes, quase sempre na companhia do meu pai, que foi seu condiscípulo no seminário, e guardo dele a ideia de carácter forte e carismático que a notícia sobre a apresentação do livro e homenagem revela. Ideia que saiu mais reforçada pela leitura do prefácio de Viriato Capela.
A notícia, já citada, dizia que o “ideário político e humano de José Araújo confunde-se com essa luta de séculos dos Búrios”. Talvez seja assim. Razão pela qual a sua visão da história e das coisas de Terras de Bouro é fundamentalmente orgânica. Uma história aprendida e apreendida com os “Búrios” a que pertence. Uma história em que participou com diferentes níveis de responsabilidade. Eu, que apenas procuro saber mais sobre a paisagem que tanto admiro, gostei do livro. Ainda que a distância me permita ter sobre algumas das coisas opiniões diferentes.
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