Thursday, January 08, 2009

Parques e Populações 2

(publicação faseada do artigo)

Parques e Populações: é Possível Conciliar? A Experiência de um Parque Nacional Europeu
Flávio B. Barros (1) ; Luís A. de Matos Vicente (2) & Henrique M. Pereira (2)

(1) Professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus de Altamira. Pesquisador do Laboratório Agroecológico da Transamazônica (LAET). Doutorando em Biologia da Conservação pelo Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.(2) Professor e Pesquisador do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Resumo

A discussão sobre a permanência de populações humanas no interior das áreas protegidas (AP’s) ao redor do mundo é ainda bastante polêmica, e, em pleno limiar do século XXI, este assunto tem suscitado a atenção de gestores, pesquisadores, ambientalistas e grande parte da sociedade civil. Alguns estudos vêm mostrando que, em determinadas situações, a expulsão das populações tem um impacto negativo no equilíbrio da biodiversidade local. O presente artigo tem como objetivo socializar a experiência de um trabalho de caráter socioecológico realizado no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), em Portugal. Este Parque é a única AP portuguesa classificada como Parque Nacional. O trabalho foi desenvolvido entre Janeiro e Junho de 2007, envolvendo três comunidades. Pessoas-chave foram indicadas inicialmente por funcionários do PNPG para participarem do estudo. A entrevista foi a principal ferramenta para coleta dos dados. Técnicas da Antropologia Visual também foram empregadas. Um total de 63 pessoas foi entrevistado em três viagens de campo. A maior parte dos sujeitos entrevistados já tinha ouvido falar do Plano de Ordenamento, mas desconhecia sua função. Entre os vários problemas enfrentados pelo PNPG, dois serão destacados neste artigo: a falta de diálogo e a ausência de informação; fragilidades que nos últimos dois anos têm sido minimizadas a partir de uma nova concepção de gestão nesta AP.

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