Tuesday, November 30, 2010

Uma leitura: Rio Homem, André Gago


Em jeito de sugestão de Natal, esta é a minha leitura actual. Para os amantes do PNPG que gostem de literatura é uma forma de juntar dois prazeres. O livro está muito bem contextualizado e dá para enriquecer os conhecimentos sobre os lugares (Vilarinho da Furna, Carris, Casarotas, etc) e sobre os acontecimentos históricos (guerra civil espanhola, II guerra, o fim da aldeia de Vilarinho, etc).

É o primeiro romance do actor André Gago e foi recentemente publicado. «É um livro que cruza a história de um foragido da Guerra Civil de Espanha com o drama vivido pela população de Vilarinho das Furnas aquando da construção da barragem (como sabem, a aldeia ficou submersa na albufeira e todos os seus habitantes tiveram de ser deslocados) e por onde perpassam, embora sem serem nomeadas, figuras portuguesas como Torga, Jorge Dias e outras», explica a editora Maria do Rosário Pedreira. «É uma obra de grande qualidade, finalista do Prémio Leya no ano passado.»

Sobre o livro:

«Em plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio – um jovem galego de ideais republicanos – e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e da prisão.

Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelectuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.

Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.»

fonte: aqui

nota: entretanto descobri que o livro está envolvido numa polémica acusação de plágio por Francisco José Mangas (ver aqui). Vou ter que procurar o outro livro para formar uma opinião.

2 comments:

Anonymous said...

Olá!
Também podes ler mais sobre a polémica aqui
http://horasextraordinarias.blogs.sapo.pt/33671.html


Polémicas aparte, acho que vou seguir a sugestão de presente de Natal :)

J.

joca said...

Fazes bem, já acabei o livro e gostei. Os tais 10 anos de investigação notam-se e até dá para aprender mais sobre o final de Vilarinho.