O meu interesse pela toponímia dos lugares por onde passo no PNPG surgiu-me por acaso e como parte de querer saber mais sobre esses lugares. Uma curiosidade despertada por uma pedra, uma conversa, etc.
Não tendo formação científica, vou-me satisfazendo com a partilha do que encontro e das poucas hipóteses que formulo ao ritmo do que vou encontrando. Também ao longo dos tempos fui descobrindo como é fácil que uma simples repetição fantasiosa se sobreponha a qualquer outra explicação, como é o exemplo das ruínas da cabana do D. Carlos nos Prados da Messe, possivelmente a minha entrada mais antiga sobre este tema.
A explicação sobre o topónimo Lindoso escutei-a de Luís Fontes na apresentação do seu livro “Lindoso. Uma Paisagem com História” que adapta a tese de doutoramento na Universidade do Minho, em 2012, intitulada “Arqueologia, Povoamento e Construção de Paisagens Serranas. O Termo de Lindoso, na Serra Amarela“.
Contrariando a lenda, o topónimo Lindoso deriva de Limitosum (Limesitis) e não de Lindo, como fantasiosamente se afirma. É um topónimo de origem portuguesa, nome do mesmo lugar, freguesia e castelo, cujos idos remotam aos de 1250, em plena Idade Média e terá aparecido pela primeira vez nas inquirições de 1258.
Uma explicação que naturalmente não é tão poética como a que conta que o rei de Portugal D. Dinis "tão alegre e primoroso o achou, que logo lindoso o chamou".
Sobre o livro de Luís Fontes devo ainda dizer que devia ser de leitura obrigatório para os que se interessam pela paisagem do PNPG.
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