Recentemente percorri dois dos locais que mais desejava conhecer no PNPG: A travessia Pitões-Portela e a cumeada da Encostado Sol. Em ambas as ocasiões foram dias de forte calor mas a beleza dos locais compensou. São zonas duras, de uma beleza muito longe das paisagens bucólicas como muitos imaginam o Gerês. A maioria das pessoas que visitam o Gerês conhece-o junto às estradas, não imagina como é longe delas. A serra é dura, despida, por vezes seca mas pura. Eu gosto de ambas. Gosto do fresco das matas e a autenticidade das fragas. Prefiro perder-me nas segundas mas sentiria a falta das primeiras.
A travessia é uma experiência dura e um bom exercício de orientação. Os antigos percursos estão esquecidos. A zona é uma sucessão de corgos e quase não há mariolas para nos orientar o caminho. Particamente não há vegetação alta. Alguns currais esquecidos onde pastam livremente grupos de garranos. A área do PNPG pertencente a Montalegre é também umas das zonas onde me sinto mais livre.
Subir à cumeada da Encosta do Sol não é fácil, mas a perspectiva sobre o vale do Homem compensa largamente o esforço. Conhecia diversos relatos. Finalmente cumpri também este objectivo.
O sinal negativo em ambas foi ter que descer o estradão de acesso aos Carris. Nada me é tão penoso como caminhar naquele leito de pedras roladas. Pior só a confusão estival nas lagoas da Portela do Homem.
Não percebo porque o PNPG que é tão restrivo com certas coisas permite esta situação. É verdade que não consigo imaginar uma razão para impedir que as pessoas se banhem nas lagoas. Recordo-me é de muitas que justificariam que um guarda do Parque impedisse o depositar de lixo junto ao caminho.
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