Thursday, October 18, 2007

PR2 - Trilho do Castelo (Terras de Bouro)


O dia amanheceu em tempo de Verão tardio. O Sherpa foi o primeiro a chegar a Terras de Bouro. O Passo Largo, a Senhora do Monte, o Quarto Crescente, a Lua Nova (a mais nova UPBotista a caminhar) e o Louro (o escrevedor nomeado voluntário) chegaram um pouco mais tarde ao pequeno-almoço. A Nogueira, depois de resolver um pequeno contratempo pneumático já tinha seguido para Santa Isabel do Monte e já nos esperava em Campos Abades.

Pelas 10h00 começamos a caminhar. À frente o Quarto Crescente ia anunciando as marcações. Era sempre o seu olhar atento o primeiro a descobrir as marcas do PR, um campeão no jogo do “Xacobeo”.

Primeiro por uma paisagem rural de enorme beleza. Entre as aldeias de Campos Abades e Seara, o trilho percorre velhos caminhos entre bosques e campos de lameiro. Pouco depois da Casa dos Bernardos, uma antiga granja dos frades Bernardos recuperada para turismo rural pela CM Terras de Bouro, um cão de uns caçadores resolveu juntar-se a nós. E, apesar de termos tentado que regressasse ao seu dono, só quando entendeu é nos deixou. Na saída da aldeia de Seara encontrámos algumas marcações vandalizadas, “apagadas” com tinta verde. É complicado compreender a motivação para tal, mas não foi complicado seguir o caminho.

Depois a paisagem foi de chãs elevadas, zonas de pastos percorridas por pastores e cavalos em liberdade. O Castelo que baptiza o trilho seria um castelo roqueiro há muito abandonado. A sua existência está documentada e terá sido importante no início da nacionalidade.

Almoçamos no coreto de Covide e no final deu tempo para um cafezinho. O percurso seguiu depois pela encosta a este. Primeiro por antigo caminho e depois por caminhos de pé posto. Um caminho com umas vistas fantásticas sobre a Calcedónia e vale do S. Bento da Porta Aberta. Nesta parte do percurso as marcações nem sempre foram fáceis de seguir, mas é a zona mais bonita do trilho. Novamente em Seara, novamente as marcações vandalizadas. Junto a um moinho de água foi preciso ter alguma atenção para não perder o percurso. O trilho seguiu depois por um bosque e levou-nos de regresso a Campos Abades pela antiga escola. Agora abandonada. Ao seu lado existe uma construção mais moderna, mas provavelmente da mesma forma vazia de alunos.

Regressámos aos carros e terminámos no Tosko, em Covide, a comer a bolo de chocolate da Nogueira. Uma grande caminhada, com o recorde de idades UPBotistas largamente rebaixado e com um grande campeão de “Xacobeo”.

texto publicado em Um Par de Botas

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