São apenas notas soltas sem qualquer compromisso de actualização. Como ao caminhar à beira mar onde os nossos passos não são mais importantes mas ficam registados entre duas ondas.
Tuesday, August 29, 2006
Trilho interpretativo de Lamas de Mouro
“Este trilho interpretativo é um percurso pedestre circular que se desenvolve ao longo dos principais lugares da freguesia de Lamas de Mouro (Melgaço), em plena entrada da mais antiga e importante área protegida do nosso país – o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
O percurso permite a compreensão da estrutura territorial desta localidade, localizada nos interstícios da majestosa serrada Peneda, bem como o reconhecimento dos seus principais valores naturais, culturais e paisagísticos.
As marcas de ocupação humana estão ainda bem presentes, destacando-se a pitoresca ponte, o histórico moinho de água, o forno comunitário e a secular igreja de estilo românico.
No coração deste trilho surge a porta de Lamas de Mouro. Trata-se de uma estrutura da Câmara Municipal de Melgaço, vocacionada para a recepção, recreio, informação e educação ambiental dos visitantes do PNPG.
Para conhecer um pouco melhor a história bem como o uso e a ocupação espacial desta multifacetada área serrana é praticamente obrigatória a visita, já na recta final do trilho, à exposição “Ordenamento do Território” patente na Oficina Temática da Porta de Lamas de Mouro.”
Fonte: Trilho interpretativo de Lamas de Mouro – Porta de Lamas de Mouro
É um trilho fácil de seguir, com uma extensão de 4,5 km e duração estimada de 2 horas. A diferença de quotas não ultrapassa os 80 metros. Um trilho para relaxar e recomeçar a temporada.
Comecei o trilho no bar/esplanada da Porta de Lamas de Mouro, instalado na antiga Casa Florestal, em direcção do antigo canil do cão de Castro Laboreiro. As marcas estão frescas e foram muito fáceis de seguir. Após cruzar a estrada (para Arcos-Gavieira) junto a uma ponte (há uma outra devoluta junto à ponte mais moderna), segui para a Ponte do Porto Ribeiro. Pouco depois, cruzada a E.M. existe um bonito Moinho de Água que deve ter sido recuperado recentemente, conforme se pode constatar pelo estado da levada.
Um pouco acima do moinho, fui ruidosamente chamado à razão por uma cadela Castro Laboreiro para que deixasse passar um rebanho de ovelhas. Sinal de que estamos em terras de lobos, a cadela usava uma coleira de pregos. Respeitosamente, deixei que o rebanho passasse e no final troquei algumas palavras com a pastora. Era uma senhora idosa e disse-me que ia levar o rebanho para uns campos e deixava-o depois entregue à guarda da cadela.
Na aldeia, o trilho seguiu pelos currais, por um relógio de sol, um forno comunitário e por uma igreja com vestígios românicos. Num sinal claro da emigração na aldeia, havia vestígios de uma festa fora do calendário. Sendo Agosto o mês de regresso, celebra-se também em Agosto o padroeiro S. João Baptista. A festa teria sido realizada na quarta, na noite de 23 para 24.
O trilho seguiu depois para uns campos da aldeia, numa zona de lameiro, em direcção à Porta de Lamas de Mouro. Junto à porta encontrei um grupo de garranos, que por estarem habituados ao homem, não se intimidaram com a minha presença. Expectantes, deixaram-se fotografar. No final do trilho visitei a exposição permanente com o tema “Ordenamento do Território". A Porta de Lamas de Mouro foi uma agradável surpresa e merece uma visita.
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